terça-feira, 27 de novembro de 2012

SERÁ QUE VIVEMOS UM AVIVAMENTO?



Antonio Carlos G. Affonso

Por que tarda o pleno avivamento? (Betânia, 1985, 160 páginas) de Leonard Ravenhill e traduzido por Myrian Talitha Lins é um livro forte onde o autor procura mostrar aspectos que comprovam que o avivamento ainda não chegou.
No primeiro capítulo ele trata da unção do pregador. O autor destaca a importância da vida de oração do pregador para que a sua mensagem possa ter mais o aspecto espiritual do que intelectual. Afirma Ravenhill que o pregador não pode orar menos que duas horas por dia. É um aspecto muito importante que destaca o escritor, porém sua ênfase se prende mais na questão coletiva, o culto de oração, do que realmente no lado individual, muito embora isto fique implícito em suas palavras.
No capítulo seguinte o autor continua a trabalhar com o tema da oração. Ele expressa o quanto a igreja é fraca nesta questão. Ravenhill mostra como tem faltado visão e fervor, começando pelos líderes da igreja. Demonstra ainda o quanto os membros de um modo geral ignoram o aspecto importante da oração. Ele ressalta o poder da oração de confissão feita secretamente.
O terceiro capítulo é dedicado a mostrar que o avivamento depende não somente da unção do púlpito, mas também de pessoas que se dediquem à obra de Deus. O autor volta a tocar no assunto de visão e fervor que ele iniciou no capítulo anterior. Trabalhando principalmente com o texto da chamada de Isaías (6:1-9), Ravenhill expõe sobre a necessidade de olharmos de forma tridimensional as questões espirituais. Na primeira, olhando para o alto, contemplando, acima de tudo, a santidade de Deus. Na segunda, olhando para dentro de si mesmo e contemplando a nossa fraqueza. Por último, olhando para o mundo e contemplando a necessidade dos perdidos. É interessante notar que o autor não está focando no líder somente, mas no aspecto geral do corpo de Cristo.
O quarto capítulo o autor volta a trabalhar a questão da oração. Ele expõe o fato de que a vida vitoriosa de Elias ocorreu exatamente por este ter constante comunhão através da oração. Leonard mostra que para se ter um vida de oração o profeta tem que estar preparado para sofrer. Em uma frase ele sintetiza bem isto: “Talvez nos empolgasse a ideia de operarmos as maravilhas que Elias operou, mas será que apreciaríamos ser banidos?”. O autor ainda explana o que ele acredita ser a diferença entre um evangelista e um verdadeiro profeta.
O livro, apesar da época em que foi escrita, é mais atual do que muitos que vemos hoje, além disso, atende a expectativa que propõe e indico para aqueles que querem realmente repensar seu cristianismo e pensam que estão no caminho certo, mas ainda não se quebrantou diante do verdadeiro aspecto do avivamento.



Referência Bibliográfica:
RAVENHILL, Leonard. Por que tarda o pleno avivamento? Venda Nova, MG: Betânia, 1985.

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