Antonio Carlos G. Affonso
Por que tarda o pleno
avivamento? (Betânia, 1985, 160 páginas) de Leonard Ravenhill e traduzido
por Myrian Talitha Lins é um livro forte onde o autor procura mostrar aspectos
que comprovam que o avivamento ainda não chegou.
No primeiro capítulo ele trata da unção do pregador. O autor
destaca a importância da vida de oração do pregador para que a sua mensagem
possa ter mais o aspecto espiritual do que intelectual. Afirma Ravenhill que o
pregador não pode orar menos que duas horas por dia. É um aspecto muito
importante que destaca o escritor, porém sua ênfase se prende mais na questão
coletiva, o culto de oração, do que realmente no lado individual, muito embora
isto fique implícito em suas palavras.
No capítulo seguinte o autor continua a trabalhar com o tema da
oração. Ele expressa o quanto a igreja é fraca nesta questão. Ravenhill mostra
como tem faltado visão e fervor, começando pelos líderes da igreja. Demonstra
ainda o quanto os membros de um modo geral ignoram o aspecto importante da
oração. Ele ressalta o poder da oração de confissão feita secretamente.
O terceiro capítulo é dedicado a mostrar que o avivamento
depende não somente da unção do púlpito, mas também de pessoas que se dediquem
à obra de Deus. O autor volta a tocar no assunto de visão e fervor que ele
iniciou no capítulo anterior. Trabalhando principalmente com o texto da chamada
de Isaías (6:1-9), Ravenhill expõe sobre a necessidade de olharmos de forma
tridimensional as questões espirituais. Na primeira, olhando para o alto,
contemplando, acima de tudo, a santidade de Deus. Na segunda, olhando para
dentro de si mesmo e contemplando a nossa fraqueza. Por último, olhando para o
mundo e contemplando a necessidade dos perdidos. É interessante notar que o
autor não está focando no líder somente, mas no aspecto geral do corpo de
Cristo.
O quarto capítulo o autor volta a trabalhar a questão da oração.
Ele expõe o fato de que a vida vitoriosa de Elias ocorreu exatamente por este
ter constante comunhão através da oração. Leonard mostra que para se ter um
vida de oração o profeta tem que estar preparado para sofrer. Em uma frase ele
sintetiza bem isto: “Talvez nos
empolgasse a ideia de operarmos as maravilhas que Elias operou, mas será que
apreciaríamos ser banidos?”.
O autor ainda explana o que ele acredita ser a diferença entre um evangelista e
um verdadeiro profeta.
O livro, apesar da época em que foi escrita, é mais atual do que
muitos que vemos hoje, além disso, atende a expectativa que propõe e indico
para aqueles que querem realmente repensar seu cristianismo e pensam que estão
no caminho certo, mas ainda não se quebrantou diante do verdadeiro aspecto do
avivamento.
Referência Bibliográfica:
RAVENHILL, Leonard. Por que tarda o pleno avivamento? Venda
Nova, MG: Betânia, 1985.
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