Segundo o censo de 2012 a população brasileira era de 193.946.886
habitantes, dos quais 42.275.440 são pessoas que se dizem evangélicas, isto
corresponde a 21,8 % da população. Muitos
fazem disso um marketing para que possamos até mesmo eleger um presidente. Particularmente
acho isto muito perigoso, pois não vejo nenhum político, evangélico ou não, que
mereça minha confiança.
Mas o que me intriga é que os puritanos eram menos de 1% da população
dos países onde ocorreu o puritanismo, mas eles conseguiram abalar as
estruturas daqueles países. Lucas narra que quando Paulo chegou em Tessalônica
disseram: “Estes que têm alvoroçado o mundo chegaram também aqui” (At 17:6b). E
olha que os cristãos não correspondiam a 0,5% da população mundial da época. As
perguntas que faço: Por que não estamos alvoroçando o nosso país? Por que não
consigo ver a diferença no dia a dia? Por que tantos e tantos evangélicos se
mentem em escândalos? (Claro que em muitos casos pode haver injustiça e perseguição,
mas nem todos).
Elias, quando ameaçado por Jezabel fugiu com medo. Na caverna,
após a fuga, ele passa a inquirir Deus sobre a fidelidade do povo. O Senhor então
responde que havia separado para Ele sete mil que não se curvaram ante a
idolatria a Baal (I Re 19:18). Estes nós chamamos de “o remanescente”.
Hoje tenho questionado: Onde está o remanescente de Deus? Onde
estão aqueles que não se dobram ao jeitinho, às falcatruas, às mentiras, aos
prazeres? Onde estão? Do que adianta lutar contra a causa gay, se o número de
divórcios entre cristãos tem aumentado, se cada vez mais têm aparecido em cena
pessoas que se dizem cristãs cometendo os mais terríveis crimes; se se acha
normal o sexo fora do casamento e muitos jovens cristãos vão às farmácias comprar
preservativos nitidamente planejando o pecado? São acaso estes pecados diferentes
daqueles cometidos pelos gays? Não. Absolutamente não.
Verdadeiramente não creio naqueles números. Creio que entre os
mais de 40 milhões ainda há o verdadeiro remanescente que talvez não chegue nem
a 0,5%. Não quero ser pessimista, mas não consigo ver de outra forma. Em meu
trabalho secular, de cada 10 pessoas envolvidas com crimes que auxiliei a necropsia
5 eram filhos de lares evangélicos; destes, 3 frequentaram igreja e 1,5 se
tornaram membros*. Onde está a influência da Igreja? Por que não conseguimos
fazer a diferença? Talvez porque têm faltado mais Elias que desafiem as forças
de Baal.
Preciso repensar meu cristianismo e quero que você repense
comigo. Será que podemos fazer a diferença? Eu creio que sim, mas para isto é
preciso se colocar como Elias, como Daniel, como outros mais que a Bíblia nos
apresenta que não se curvam diante dos prazeres e idolatrias deste mundo. É preciso
voltar à Palavra como sendo de fato nossa regra de fé e conduta. Aí, talvez,
possamos sonhar com um país dirigido por alguém como José, do Egito.
Soli Deo Glória.
*Estatística pessoal e informal feita em 5 anos de trabalho no
Serviço Médico Legal de Linhares-ES.
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