sábado, 22 de dezembro de 2012

A VERDADEIRA MAGIA DO NATAL



Esta é uma época complicada para mim. Não consigo me alegrar como a maioria, ao contrário, sobre mim recai uma tristeza tremenda, principalmente por causa da hipocrisia do ser humano. Tem o ano inteiro para ajudar o próximo, para contribuir para uma sociedade melhor, mas só lembra isso neste período do ano. Peço desculpas aos meus amigos que gostam deste período, para mim é o mais hipócrita do ano. Consegue vencer até o carnaval, pelo menos ali a carnalidade humana fica estampada sem máscaras.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

UMA ANÁLISE DO PRECONCEITO




Estava lendo algumas reportagens sobre preconceito. Observei com carinho cada uma delas e pude observar uma coisa: Há muito preconceito na luta contra o preconceito.
Quando analisamos a palavra em si fica claro o seu significado. A prefixo “pre” garante a ideia de que é um conceito formado antecipadamente. Muitas vezes estes preconceitos não estão munidos de dados e fatos, e quando estão estes não são reais. Há poucos dias, por exemplo, vi uma reportagem que dizia que os negros e pardos são os que mais morrem  assassinados no Brasil e que o Espírito Santo também encabeça está triste estatística.
Não tive acesso a todos os dados. Mas, em minha profissão secular, percebo nitidamente que os negros são os que mais matam também, isso também é um fato. Claro que não quero tirar aqui a culpa pelo preconceito de séculos que empurrou os pardos e negros à margem da sociedade. Mas o que quero mostrar é que a análise feita pela ótica oferecida gera outro tipo de preconceito. E falo isso com muita tranquilidade, pois sou pardo e filho de negro, com muita alegria e orgulho no coração. Faço aqui um alerta aos nossos meios de comunicação. Cuidado com a forma como apresentam uma matéria jornalística. Muitas vezes já apresentam com um teor de preconceito e incitando novos preconceitos.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A MENTE DE CRISTO NO MUNDO MODERNO


Antonio Carlos G. Affonso

A Mente de Cristo: Conversão e Cosmovisão Cristã (Vida Nova, 2012, 224 páginas) de Norma Braga Venâncio é um livro que trata os aspectos da cosmovisão cristã versus a cosmovisão secular. A autora mostra um perfil conservador sobre o assunto buscando manter a centralidade de seus argumentos numa interpretação ortodoxa das Escrituras.
Norma divide seu livro em três partes onde são inseridas crônicas e artigos escritos pela autora. Na primeira parte Norma Braga nos apresenta seu testemunho de conversão. Ela tem uma grande preocupação em mostrar a consciência de pecado que preencheu sua mente levando-lhe à “felix culpa”. Nesta parte ela mostra que a Igreja atual não está isenta do sincretismo que o mundo procura lançar sobre ela. Desta maneira ela destaca a necessidade do conhecimento de Deus e o viver e a salvação somente pela fé.
Ela encerra esta parte mostrando que ainda está em processo de aperfeiçoamento deixando o relativismo emocional e passando para uma fé madura e consciente de suas responsabilidades. Neste interim ela afirma que abre o seu blog e este serve como meio de reexame do seu cristianismo.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

SERÁ QUE VIVEMOS UM AVIVAMENTO?



Antonio Carlos G. Affonso

Por que tarda o pleno avivamento? (Betânia, 1985, 160 páginas) de Leonard Ravenhill e traduzido por Myrian Talitha Lins é um livro forte onde o autor procura mostrar aspectos que comprovam que o avivamento ainda não chegou.
No primeiro capítulo ele trata da unção do pregador. O autor destaca a importância da vida de oração do pregador para que a sua mensagem possa ter mais o aspecto espiritual do que intelectual. Afirma Ravenhill que o pregador não pode orar menos que duas horas por dia. É um aspecto muito importante que destaca o escritor, porém sua ênfase se prende mais na questão coletiva, o culto de oração, do que realmente no lado individual, muito embora isto fique implícito em suas palavras.

sábado, 10 de novembro de 2012

PREFIRO SER GORDO DO QUE HEREGE



Este ano estou lutando contra balança. Queria ter perdido até aqui 12 Kg, mas infelizmente só consegui 8. Estou longe do ideal, mas não vou desistir. Mas uma coisa me chamou atenção na mídia informatizada: as palavras de certa cantora famosa que disse que pastor gordo não serve de exemplo para ninguém. Sei que ela já pediu perdão pelo que disse, e quero de coração dizer que a perdoo, mas não poderia deixar de expor algumas coisas que devem ser pensadas.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O PODER DAS PALAVRAS




Mais uma do Facebook. Tenho visto constantes publicações relacionadas a expressões que falamos e seus significados. A última é a palavra “danado”. Na maioria das publicações vê-se uma preocupação exacerbada em não se poder falar esta expressão porque ela significa “condenado ao inferno”. Este é apenas um dos significados da referida palavra. No Dicionário Aurélio, por exemplo, não aparece este significado, nem no Michaelis, e estes são dois dos mais sérios dicionários que temos. No primeiro vemos o significado de “travesso”, “esperto”, “hábil”, “incrível”, entre outros adjetivos positivos. No segundo ainda aparece: “valente”, “extraordinário”, “levado da breca”, “indivíduo ousado”, entre outros também positivos. Sendo assim, não precisamos ficar preocupados com um significado, mas com o que se passa em nosso coração quando falamos expressões como esta. Particularmente não a uso, mas não condeno quem o faz quando sei o contexto em que está inserido.

Salomão diz:

 “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida”. (Pv 4:23)

Estas palavras do rei sábio já dizem tudo. Devemos vigiar nosso coração. Chamar uma criança de “danadinha” em meio a uma brincadeira infantil ou quando esta faz uma travessura, faz parte do contexto. Chamá-la da mesma Palavra com ódio no coração pode leva-la a um trauma, mas não porque a palavra teve poder, mas o seu ódio o teve.

Jesus afirma que o que sai da boca procedendo do coração é o que contamina (Mt 15:18), e no versículo seguinte ele afirma que é do coração que procede os maus pensamentos, mortes, adultérios, entre outras coisas enumeradas pelo Mestre. Portanto, o que mais precisamos é vigiar o nosso coração.

Por tudo isso, não se culpe nem perca seus hábitos por causa de publicações sem entendimento e sem embasamento Bíblico. Mantenha, sim, seu coração limpo para que você possa amar seus filhos e qualquer outra criança com o amor que procede do Pai Celeste. Não são palavras que destroem, é a falta de amor, carinho e compreensão que têm destruído nossos lares.

Para encerrar, nosso vocabulário é muito rico e regionalista. Uma palavra que em lugar é uma ofensa, pode ser um elogio em outras regiões. Cito como exemplo a palavra “manga”, ela possui diversos significados possíveis, mas não quer dizer que sempre que eu a use quero me referir à fruta da mangueira, ou ainda à parte do vestuário que cobre o braço. Tudo vai depender do contexto. E isto serve para qualquer palavra do nosso rico idioma.

Nossa fé precisa ser racional e coerente, e não podemos ser levados por misticismos que nada mais são que frutos de corações que não conhecem de fato a Palavra de Deus.


Soli Deo Gloria.


terça-feira, 28 de agosto de 2012

OS CRENTES E O TRAPALHÃO


 

Estou observando uma arruaça no meio dos “facebookeiros” evangélicos. Pelo que entendi paira uma preocupação com relação a um filme idealizado por Renato Aragão, cujo título seria “O segundo filho de Deus”. Pelo que entendi a história gira em torno da ideia que Jesus falhou em sua missão e Deus manda um segundo filho para que a cumpra, e este seria o famoso trapalhão que finalmente conseguiria.

sábado, 25 de agosto de 2012

CONFIADOS NA ENERGIA DE DEUS



Max Lucado em seu livro “Simplesmente como Jesus”, nos narra a seguinte história:

Havia uma mulher muito rica e econômica no litoral da Irlanda na virada do Século. As pessoas se surpreenderam ao saber que ela estaria entre os primeiros a pedir energia elétrica em sua residência.
Passado o prazo para a leitura o leiturista apareceu em sua residência para efetuar o registro. Intrigado com o pouco consumo o funcionário indagou à Senhora: ”Seu medidor demonstra que a senhora quase não usou eletricidade!”.
“Certamente”, respondeu ela. “Todos os dias, quando o Sol se põe, ligo as luzes apenas tempo suficiente para acender meus candelabros, depois as desligo”.

Muitos ficam a dizer que é impossível viver da forma que Bíblia nos orienta, ou seja, de forma santa e pura. O que a maioria se esquece é de usar aquele que está dentro dele, o Espírito Santo de Deus, é maior do que o que há no mundo.
Tenho visto irmãos derrotados e abatidos, só pela falta de confiança em Deus. Vejo pessoas que não dão um bom testemunho, com medo de perder emprego, amigos, ou outra coisa. Não conseguem utilizar toda energia disponível de Deus. Estão ligados, mas preferem viver ainda confiados em suas forças.
Faça uma reflexão sobre sua vida cristã. Será que não está na hora de viver da forma que Deus nos pede? Será que não está passando da hora de apagar os candelabros de nossa luz própria e confiarmos um pouco mais no sol da justiça (Ml 4:2).
Que Deus nos capacite para vivermos confiados em sua energia disponível a nós, e não em nossas virtudes humanas frágeis e pecadoras.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O PERFEITO EQUILÍBRIO DA FÉ



Li em uma das fotos do facebook a seguinte frase: “O diabo não se impressiona com estudos maravilhosos, sermões inflamados... mas ele treme quando alguém dobra o joelho e começa a orar, pois ele sabe que Deus vai agir”. É uma frase de efeito psicológico profundo e que deve nos levar a pensar sobre uma vida de oração. Mas estive meditando sobre isto e pensei em algo que vem me incomodando faz algum tempo: Qual é o perfeito equilíbrio da fé?
Vejo que a oração normalmente é muito enfatizada, mas poucos enfatizam a necessidade de uma leitura da Palavra e uma vida de piedade. Nos tempos modernos as pessoas buscam a Igreja para serem ajudadas em suas crises existenciais e assim a oração tem funcionado mais como uma terapia do que como uma forma de mostrar que confiamos em Deus seja qual for a circunstância.
A Bíblia muitas vezes tem sido usada somente como amuleto que dá força para se vencer os obstáculos desta vida. Como podemos ter equilíbrio em nossa fé? Um dos salmos mais famosos da Bíblia responde isto, o Salmo 1. A verdadeira alegria do justo é meditar na lei do Senhor todos os dias, dia e noite. Se o diabo estremece com a nossa a oração, creio que isto é verdade quando esta oração está no centro da vontade de Deus, ele também estremece quando buscamos as respostas para nossos atos na Palavra de Deus.
Outra questão é a pregação. Se ele não se impressiona com a pregação é porque esta não está centrada na cruz. Afinal, a fé vem pelo ouvir da Palavra (Rm 10:17), e não através da oração. Em nenhum lugar das Escrituras vemos que é a oração que me leva à fé, mas é a Palavra de Deus pregada. Não quero tirar aqui o valor de uma oração, longe de mim esteja isto, mas vida de oração sem conhecimento e sem exposição às Escrituras, não tem valor nenhum, é a Bíblia que nos garante isso.
“Porque eu quero misericórdia e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.” (Os 6:6)

Outra questão é que Paulo exorta seus pupilos, Timóteo e Tito, a pregarem a Palavra. A Timóteo ele alerta que chegaria um tempo que não suportariam a sã doutrina (II Tm 4:3). No complemento do texto ele afirma que muitos desviaram seus ouvidos da verdade e mergulharam em fábulas. Uma pregação que não estremece demônios é uma fábula, um discurso vazio.
Para encerrar quero descrever o que entendendo de um equilíbrio de fé.

A fé equilibrada é aquela onde oramos sem cessar (I Ts 5:17); lemos e meditamos todos os dias na Palavra de Deus (Sl 1:1) e ouvimos a pregação pura da sã doutrina junto com os santos do Senhor (Hb 10:25; Rm 10:17). Este é o perfeito equilíbrio da fé.


Soli Deo Gloria

quinta-feira, 12 de julho de 2012

O VOTO CONSCIENTE DO CRISTÃO


Quando me converti uma das coisas que mais me atraiu para a denominação Batista foi a ideia de separação da igreja do estado. Achava no início que o cristão não deveria se envolver na política. Hoje creio que não precisamos chegar a tal extremo, tendo em vista que na Bíblia tivemos grandes líderes que deram grande testemunho de fé como Ezequias, Davi, José, Daniel, entre outros. 
O problema é que hoje estamos vivendo outro extremo. Vemos pastores que cedem seus púlpitos para políticos falarem de suas propostas ou trazerem mensagens travestidas de campanha eleitoral. Outros que apóiam abertamente este ou aquele candidato. 
A igreja precisa ter em mente que seu papel fundamental é adorar e proclamar a Palavra de Deus. Ela não precisa de ninguém que a represente diante de câmaras ou congressos. Jesus disse que seu reino não é deste mundo. Se quisermos votar temos que fazer naqueles que lutam pelos direitos de todos, pela igualdade e por uma comunidade mais justa, seja crente ou não. Esta ideia de que crente vota em crente e católico em católico só mostra que de fato os cristãos não conhecem a dimensão do reino celestial. A igreja não precisa de ninguém que lute pelos seus direitos. A verdadeira igreja é apenas a embaixada de um reino muito melhor do que este que estamos agora.

domingo, 17 de junho de 2012

SINTO FALTA DE DEUS...


Nos tempos atuais tenho sentido falta de Deus. 
Sinto falta de Deus na vida daqueles que se dizem seus filhos, mas são comprados por uma corrupção que os prende ao jeitinho de fazer as coisas da forma que dá certo e não do jeito que é certo.
Sinto falta de Deus naqueles que se dizem seus seguidores, mas buscam na matéria seu consolo, no dinheiro sua fonte de riqueza principal, na prosperidade a verdadeira marca do poder de Deus.
Sinto falta de Deus nos púlpitos das igrejas onde a psicologia, a sociologia e a autoajuda vêm substituindo o poder e a suficiência da Palavra e as famílias são bombardeadas por estas mensagens.
Sinto falta de Deus nos trabalhos daqueles que se dizem evangélicos, mas preferem manter seus empregos às custas de mentiras para obedecerem patrões corruptos que visam somente seus interesses pessoais.
Sinto falta de Deus, nas escolas e faculdades onde os jovens que carregam o nome de Cristo preferem pagar o mal com o mal ao invés de se entregarem por inteiro a seu Mestre que morreu na cruz sem nunca levantar a voz.
Sinto falta de Deus nas famílias que se dizem cristãs, todavia o adultério, o divórcio e tantas outras coisas que Deus condena nas Escrituras se tornaram corriqueiras e envergonham o verdadeiro evangelho.
Sinto falta de Deus no meio de uma mocidade que troca a verdadeira espiritualidade por coisas passageiras, mesmo dentro das igrejas, para satisfazerem sua carne e manterem suas concupiscências lascívias.
Sinto falta de Deus nas denominações cristãs que se perdem em suas politicagens e se esquecem que nossa luta não é contra a carne e o sangue. 
Sinto falta de Deus nos corações cujos corpos aos domingos estão nos cultos, mas seu coração e mente estão presos à sexualidade vazia e aos prazeres que a carne oferece.
Sim, sinto falta de Deus em tudo isto, mas ainda sim confio em seu poder pois este não depende das fraquezas do homem que se afasta dEle sem perceber ou sentir a sua falta.


Soli Deo Gloria.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

ATITUDES CERTAS POR RAZÕES ERRADAS

Li com certa tristeza a pesquisa feita por uma revista evangélica de circulação estadual acerca do que se mais gosta na igreja. O que mais me entristeceu, embora não me surpreendeu, foi a escala de valores invertida dentro da igreja. Segundo a revista Comunhão de Agosto de 2011, 42,56% do povo evangélico gosta mais do louvor na igreja do que qualquer outra coisa.

Em segundo lugar ficou a expressão “tudo”, com 34,98%. E em terceiro vem a pregação, com 27,74%. O mais triste é que nenhuma destas deveria ser a principal, pois deveríamos estar na igreja pelo simples prazer de ficar na presença de Deus em comunhão com os santos. E depois deveria ser com certeza um culto onde a Palavra fosse o ápice e Cristo  ponto central. A música, embora muito citada, principalmente no livro de salmos, nunca foi o ponto principal do culto a Deus. Lemos na Bíblia que o povo se reunia por horas para ouvir a leitura e a exposição da Palavra de Deus. Os apóstolos, no fenômeno de pentecostes, expunham as Escrituras e as explicavam para aquele povo. Paulo escrevendo a Timóteo em suas duas cartas mostra a importância da pregação da Palavra e do domínio da mesma pelo pregador. O autor aos hebreus demonstra a importância de se frequentar as reuniões para admoestação mútua.