quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A TRISTE REALIDADE DO INFERNO



Hoje decidi escrever sobre algo que muitos têm fugido. Dos nossos púlpitos pouco tem se pregado sobre a triste realidade do inferno. A igreja, ensimesmada, idólatra, antropocêntrica, terapêutica e hedonista; evita falar sobre assuntos que possam desagradar, afinal é preciso manter seus santuários cheios. Mas a Bíblia nos mostra um cenário tenebroso para o ser humano sem Deus.
Jesus, no seu sermão escatológico, em Mateus 24 e 25, encerra-o de uma forma simples e objetiva: “E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna” (Mt 25:46).  “Estes” compreendem no texto aqueles que não seguiram a vontade de Deus em suas vidas. Muitos têm vivido como se o Deus onisciente e onipresente não existisse. Por causa de uma teologia fraca, pessoas estão vivendo como se Deus salvasse todo mundo, afinal Ele é amor. Mas Jesus deixou bem claro: “E irão estes para o tormento eterno...”.
Nestas expressões de Jesus vemos três realidades latentes. Primeiramente a realidade de ir. Jesus categoricamente fala que irão, não coloca uma possibilidade, nem que se tem uma nova oportunidade, Ele simplesmente afirma: “Irão”. Meu amado ou minha amada se você ainda prefere viver uma vida longe de Deus e de seus desígnios saiba que não há chance diante do justo juiz. Deus realmente é amor, mas, em perfeito equilíbrio de todos os seus atributos, Ele também é fogo consumidor (Hb 12:29). Isaías destaca: “Quem dentre nós habitará com o fogo consumidor?” (Is 33:14). Esta é a realidade da justiça de Deus. Ele é perfeitamente amoroso, mas perfeitamente justo.
Em segundo lugar vemos a realidade do tormento. Há alguns que advogam que o inferno será apenas uma separação definitiva de Deus. Creio que realmente isto seja uma dor imensa para o ser humano. Mas a expressão usada por Cristo denota algo que fere e dói. Não é à toa que o principal símbolo do inferno é o fogo, em destaque o lago de fogo. Sem Cristo no coração esta é a realidade do ser humano. Se você acha que o inferno é aqui, saiba que haverá um tormento muito maior.
A terceira realidade é a eternidade. Muitos defendem a ideia que o sofrimento não será eterno. Jesus usa o mesmo termo tanto para os salvos como para os perdidos para referir-se a eternidade. Isto significa que se haverá um gozo eterno, com certeza haverá um tormento eterno. O aniquilamento seria um prêmio para quem ousou descrer no Deus criador. A pergunta que lhe faço agora: Onde você vai passar a eternidade?
Para que esta triste realidade não exista em sua vida é preciso que você dê alguns passos:
i)                     Reconheça a sua situação de pecador diante de Deus (Rm 3:23);
ii)                   Arrependa-se dos seus pecados verdadeiramente (I Jo 1:9);
iii)                  Entenda que Deus já fez tudo que podia ao enviar Jesus (Jo 3:16; Rm 5:8);
iv)                 Aceite pela fé o sacrifício de Cristo na cruz (Ef 2:8);
v)           Viva de agora em diante debaixo do senhorio de Cristo amando-o e obedecendo-o acima de todas as coisas (Jo 14:15; 15:14);
vi)                 Viva na esperança de encontrar-se com Jesus (I Ts 4:13-17).

Com estes passos, com toda certeza, você se livrará desta triste realidade e terá um lugar muito especial ao lado do Criador.


A Deus toda glória.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

REFORMA CONTEMPORÂNEA


Antonio Carlos G. Affonso

Reforma Agora: O Antídoto para a confusão evangélica no Brasil (FIEL, 2013, 154 páginas) de Renato Vargens é um livro que trata o afastamento da igreja protestante, em especial no Brasil, dos princípios norteadores da reforma protestante do século XVI. O material é de leitura agradável e simples, embora não fuja de uma profundidade suficiente para trazer a luz grandes esclarecimentos.
O livro é dividido em oito capítulos sendo que os seis primeiros o autor se preocupa em mostrar os princípios norteadores da reforma protestante, as cinco “solas”.
No primeiro capítulo Vargens se preocupa em mostrar alguma coisa sobre a história protestante e seu principal expoente, Martinho Lutero. Fazendo um pequeno passeio pela história ele nos mostra questões políticas e teológicas que envolveram a reforma na Alemanha que se espalhou por toda Europa da época. Ele deixa claro que Lutero não queria dividir a igreja, mas sim denunciar os abusos que ocorriam.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O ALVO DE NOSSA VIDA



Lendo o excelente livro de Michael Horton, “Bom demais para ser verdade” da editora Fiel, deparei-me com uma frase que sempre falei de outra forma, mas creio que Horton disse tudo que sempre quis com mais profundidade:

“O alvo na vida não é ser feliz, e sim, ser santo; não é tornar-nos aceitáveis a nós mesmos e aos outros, mas ser aceitáveis a Deus, por meio de Deus” (p. 41)

segunda-feira, 1 de julho de 2013

UM JOGO INESQUECÍVEL

Observando as igrejas próximas e algumas não muito, somado ao comportamento de alguns cristãos, conclui que o jogo da final da Copa das Confederações foi inesquecível. Não pelo resultado, que para mim, como forasteiro nesta terra, pouco importava, mas pelo comportamento do povo chamado de Deus. Em primeiro lugar, ele foi inesquecível porque mostrou o quanto o povo de Deus, juntamente com muitos dos seus líderes, tem seus valores invertidos. Nada contra a mudar o horário do jogo por uma questão de segurança, mas todos sabiam que esse campeonato não impacta tanto quanto a Copa do Mundo, logo, para mim, não passou, na maioria dos casos, de uma desculpa esfarrapada para dizer que as coisas deste mundo são mais importantes que as coisas de cima.
Em segundo lugar, ele foi inesquecível porque mostrou a alienação espiritual na qual vive o povo que se diz cristão neste país. Nestas semanas onde se falou tanto em protesto, que se falou da manipulação das massas através da televisão, entre tantas coisas. O que se viu foi a conivência do povo de Deus com toda a balburdia política-sócio-econômica em que vive nosso país. A maior resposta que o povo de Deus daria, se realmente quisesse levar a sério o evangelho, de fato desejando mudança, seria boicotando sua presença à frente da televisão, afinal era horário de culto da maioria das igrejas. A Globo alcançou um dos maiores índices de audiência de todos os tempos, graças a soma de quase 24% da população que se diz cristã-evangélica, mas que preferiu estar diante da televisão do que diante do altar em adoração.
Por último, o jogo foi inesquecível porque mostrou o quanto estamos distante de vivermos o evangelho puro e genuíno, onde o reino de Deus deve ser o primeiro em nossas vidas e as outras coisas, que não passam realmente de “outras coisas”, podem ser acrescentadas, mas se não forem, não faram falta pois temos o depósito muito maior guardado para aqueles que perseverarem até o fim na presença do Senhor Jesus.

Que Deus tenha misericórdia de nós.


Maranata! Ora vem Senhor Jesus!

segunda-feira, 10 de junho de 2013

UMA HISTÓRIA DE FÉ



Antonio Carlos G. Affonso

Torturado por sua fé (FIEL, 2006, 168 páginas) de Haralan Popov é um livro que conta o sofrimento do autor na Bulgária comunista. O Pr. Popov mostra como Deus esteve ao seu lado todo tempo de seu cativeiro e como o regime comunista tentava fazer adeptos através da tortura e da lavagem cerebral.
Popov divide seu livro em 18 partes que descrevem sua vida como pastor dentro das cadeias búlgaras no início do regime comunista. Foram 13 anos de aprisionamento acusado de espionagem, mas a desculpa era apenas para acabar com as igrejas na Bulgária. O autor foca muito o cuidado, o conforto e a força que Deus lhe deu durante todo período de prisão.

sábado, 4 de maio de 2013

A QUEM JESUS PAGOU NOSSO PREÇO?


Tenho visto nos arraiais midiáticos histórias cheias de romantismo e humanismo acerca do preço que Jesus pagou na cruz. Umas contam que Cristo viu a humanidade presa às garras de Satanás e se ofereceu para pagar ao inimigo o preço de nossa prisão. Outras afirmam que Deus nos amou mais do que a seu próprio filho e o entregou ao inimigo para pagar o preço de nossa redenção.
O grande problema está em não conseguir entender ou conceber a ideia de que Deus é criador de todas as coisas, inclusive do próprio mal (Is 45:7). Mais do que isso, a grande dificuldade é ver que a própria Bíblia mostra que quem amaldiçoa a humanidade, e de quebra o Diabo, é o próprio Deus (Gn 3:14-19).  Logo, nunca o preço a ser pago seria ao Diabo. Não foi ele que nos condenou ao inferno, foi Deus através de sua ira contra o pecado (Jo 3:36; Rm 3:23; 6:23).

sábado, 27 de abril de 2013

IGREJA CONTEMPORÂNEA OU PERMISSÃO PARA PECAR?




Muito tem se comentado sobre a ideia de igreja contemporânea. Surgiu inclusive uma denominação que carrega esse nome. O grande objetivo desta ideia é a inclusão dos homossexuais e afins.
Respeito muito a escolha de cada um, e creio que o preconceito deve ser combatido de todas as maneiras, sendo necessário, com o apoio do estado e de legislações que protejam toda e qualquer forma de preconceito, sem confundir proteção com privilégios. Mas uma coisa precisa ficar clara, o pecado nunca deixou de ser pecado.  
Não quero me deter apenas ao homossexualismo, pois isto seria a prova de que este pecado tem mais destaque do que os outros. A Bíblia não deixa dúvida sobre muitas coisas que hoje os chamados evangélicos aceitam com muita naturalidade. O divórcio, por exemplo, é repudiado por Deus, mas, apesar disso, os evangélicos, dos quais muitos dizem que lutam pela família, se colocam a favor do divórcio e contra o homossexualismo. Ora, quem luta a favor da família, deve se colocar contra toda e qualquer coisa que se levanta contra ela, não apenas o homossexualismo.

sexta-feira, 22 de março de 2013

ONDE ESTÁ O REMANESCENTE DE DEUS?




Segundo o censo de 2012 a população brasileira era de 193.946.886 habitantes, dos quais 42.275.440 são pessoas que se dizem evangélicas, isto corresponde a 21,8 %  da população. Muitos fazem disso um marketing para que possamos até mesmo eleger um presidente. Particularmente acho isto muito perigoso, pois não vejo nenhum político, evangélico ou não, que mereça minha confiança.
Mas o que me intriga é que os puritanos eram menos de 1% da população dos países onde ocorreu o puritanismo, mas eles conseguiram abalar as estruturas daqueles países. Lucas narra que quando Paulo chegou em Tessalônica disseram: “Estes que têm alvoroçado o mundo chegaram também aqui” (At 17:6b). E olha que os cristãos não correspondiam a 0,5% da população mundial da época. As perguntas que faço: Por que não estamos alvoroçando o nosso país? Por que não consigo ver a diferença no dia a dia? Por que tantos e tantos evangélicos se mentem em escândalos? (Claro que em muitos casos pode haver injustiça e perseguição, mas nem todos).

CUIDADO COM O TELHADO DE VIDRO



Quando criança ouvi muito minha mãe dizer: “Quem tem telhado de vidro não atira pedra no telhado dos outros”. Eis um ditado popular carregado de verdade e cheio de lições para nos ensinar.
Tenho visto alguns posts, principalmente nas redes sociais, de cristãos que, em virtude das “perseguições” que sofrem os pastores da bancada evangélica do congresso e do senado, mostrando uma reportagem sobre um casal gay que espancava e até possivelmente violentava um menino que eles criavam.
Não compactuo com a causa gay, muito pelo contrário. Sei que a Bíblia condena e prego constantemente contra isto, bem como contra qualquer ato ou condição que a Bíblia descreva como pecado. Mas o que não posso concordar é que denegriam a imagem de todos de um grupo (que no caso são os gays) por causa de duas pessoas que fizeram isto. Quantas reportagens sobre pastores, padres e outros lideres cristãos que abusavam de crianças, que estupraram, adulteraram, entre tantas outras coisas. Que trabalho teve a igreja católica com padres que abusavam de meninos em tantos países do mundo. E ao invés de entrega-los à justiça, preferiam que mudassem de paróquia, apenas transferindo o problema, gerando uma indignação na comunidade mundial.
Não se pode condenar um grupo por causa de atitudes isoladas. O fato de ser homossexual, não faz da pessoa um estuprador necessariamente. Claro que à luz da Bíblia, Deus não faz diferença, mas isto apenas significa que devemos pregar o mesmo evangelho tanto para o gay, como também para o estuprador, sem, no entanto, fazer este igual aquele diante da sociedade.
Antes de criticarmos os gays por causa de fatos isolados deveríamos olhar para nossas vidas. Quantos cristãos vendem CD´s e DVD´s piratas nas praças, isto é roubo, é crime. Quantos cristãos mentem no seu dia a dia, e acham isto normal. Deus condena a mentira tanto quanto condena o homossexualismo e o estupro. Quantos cristãos adotam o “jeitinho brasileiro” em suas vidas, não importa se isto fere a Bíblia ou não. Afinal, “o importante é levar vantagem em tudo”. Quantos ainda votam em políticos apenas porque estes atendem os seus interesses pessoais, não pensando na coletividade. Se você faz qualquer uma dessas coisas, ou outras que a Bíblia condena, não tem autoridade para falar sobre o comportamento de um grupo baseado em casos específicos. Afinal, quem tem telhado de vidro não pode atirar pedra no telhado dos outros. Se julgarmos que todo gay é estuprador, estamos dando o direito que pensem que todo cristão também é.

“Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.” (Mt 5:13-18)

ESCOLHENDO UMA IGREJA – Final



A escolha


Depois de vermos as desculpas que grande parte usa para justificar porque faz parte desta ou daquela igreja, vejamos o que podemos aprender da Bíblia sobre a escolha.
A primeira coisa que deve ficar clara é que não existe cristianismo sem igreja. Se alguém afirma ser um cristão precisa ser membro do corpo de Cristo, e isto implica no sentido físico (Hb 10:25). Dentro deste aspecto vale notar que o autor aos hebreus refere-se a uma igreja local. Como igreja local deve-se notar na sua localidade. Quando você busca outra localidade, significa que não reúne com sua comunidade local, logo, não há comunhão genuína. Salvo se os pontos que passaremos a descrever você não encontrar em sua localidade.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A VOLTA DE CRISTO E OS SINAIS DA SUA VINDA

 

Tenho acompanhado à distância o rebuliço no meio evangélico sobre a renúncia do Papa Bento XVI e a possível manifestação do anticristo na pessoa do próximo pontífice. Vejo com certa tristeza e até mesmo preocupação como olhamos para as coisas erradas dentro da Palavra de Deus.
Há diversas passagens na Bíblia que tratam sobre os últimos dias. Em Daniel, por exemplo, temos a descrição de momentos de dor e aflição quando um certo príncipe começar a reinar e fazer um pacto com o povo de Deus e trair este pacto no meio e começar assim uma grande perseguição (Dn 9-11).
Mas uma coisa é comum em praticamente todas as passagens: a vitória do povo de Deus. Em Daniel se vê no capítulo 12 que “Muitos  serão purificados, e embranquecidos, e provados; mas os ímpios procederão impiamente, e nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão”. Vemos aqui que os justos (crentes) serão purificados e embranquecidos. Isto faz parte da obra do sangue do cordeiro. O contexto de Daniel é a tribulação, que diga-se de passagem é a mesma situação de Apocalipse 7:14.
Paulo escrevendo aos Tessalonicenses mostra com uma clareza estupenda como será a volta de Cristo (I Ts 4:13-17). Escrevendo aos Coríntios ele mostra como será a transformação dos nossos corpos para a glória final (I Co 15:51-53). Voltando a escrever aos tessalonicenses ele mostra que este encontro do Senhor só vai ocorrer depois que o anticristo se manifestar (II Ts 2:1-9). O que significa a meu ver que a tribulação será para os santos, como Apocalipse mostra com muita propriedade, e Jesus afirma que só voltará após a tribulação daqueles dias (Mt 24:29-31).
Pedro escrevendo sua segunda carta traz uma maravilhosa visão do final dos tempos antes do julgamento do Senhor (II Pe 3:1-11). Ele mostra que as coisas serão destruídas de uma forma terrível.
Mas o que mais me impressiona na Bíblia é a despreocupação do Espírito Santo em nos mandar vigiar os sinais. Em todas as passagens que citamos, e a maioria esmagadora das passagens escatológicas, a grande preocupação é com a santidade do povo de Deus. Senão vejamos:
Em Daniel: “Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias.” (Dn 12:12). A espera aqui está relacionada com uma vida piedosa diante do Senhor.
Em Pedro: “Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade,” (II Pe 3:11 – Versão Revista e Atualizada). Pedro mostra que nossa preocupação deve estar centrada em nossa santidade.
Em Mateus: “Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo?  Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim. ” (Mt 24:45,46). Jesus mostra que feliz é quem é encontrado por Jesus em Sua volta de forma fiel e prudente. Ele fala isto após responder perguntas escatológicas dos discípulos.
Em Tessalonicenses: “Pelo que exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis” (I Ts 5:11). Este versículo encerra a argumentação escatológica de Paulo. A partir do versículo 4 Paulo fala sobre uma vida de piedade e santidade diante de Deus, tendo em vista que somos filhos da luz. Ainda aos tessalonicenses, quando Paulo encerra sua argumentação no capítulo 2 ele afirma: “Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa” (II Ts 2:15).

Vou parar por aqui nos textos, pois teria muitos outros. O que quero dizer com isto? Muito simples. Ao invés de você estar preocupado com o Papa, você deve estar preocupado consigo mesmo. Como está sua vida de santidade diante de Deus? Como está sua santificação diante do Senhor?
Não precisamos nos preocupar com os sinais. Jesus pede para estarmos atentos, mas não preocupados. Atenção aqui significa que deve aumentar o nosso consolo (Mt 25:34). Paulo afirma que aqueles que foram transformados estão livres da ira de Deus (I Ts 5:9). Ele também afirma que aqueles que estão preparados, no sentido de santificação e não de sinais, não serão surpreendidos (I Ts 5:4). Sendo assim, console-se na esperança eterna. Não olhe para sinais, mas olhe para Jesus.

“Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia.” (Hb 10:25)

ESCOLHENDO UMA IGREJA – Parte 4


Uma igreja renovada ou tradicional


Esta é a desculpa mais complicada de se debater. Primeiro porque depende do conceito que se leva para o lado renovado ou tradicional. Segundo porque também depende das convicções bíblicas e teológicas de cada um. Ao contrário das desculpas anteriores, esta pode ser realmente utilizada, desde que haja uma compreensão do que realmente significa.
Primeiramente devemos entender o que realmente vem a ser uma igreja renovada. Muitos determinam como igreja renovada aquela que tem manifestações de dons de forma sobrenatural. Neste ponto tenho que respeitar, embora haja argumentações bíblicas que poderia usar aqui. Porém, embora respeite muito, precisamos olhar as manifestações sobrenaturais com carinho e cuidado bíblico. Os sinais nos Evangelhos foram feitos com um objetivo: mostrar que Jesus era o Cristo. No restante da Bíblia não encontramos uma quantidade tão grande assim que mereça mais destaque do que a exposição pura da Palavra. Se uma igreja tem por rotina os sinais, algo está errado. Deixou de ser um sinal de renovação e virou pura tradição com grande tendência a charlatanismo ou emocionalismo que leva a sintomas psicóticos ou psicossomáticos.
Com isto vemos outra questão. Se os sinais se tornam uma rotina, isto também vira uma tradição. Logo, qual é a igreja tradicional aqui? Tudo aquilo que passa ser rotina, vira tradicional. Além disso, os sinais devem ser aferidos à luz da Bíblia. Sinais que vão de encontro às doutrinas bíblicas, ou não as seguem, não podem ser aceitos como verdadeiros.
Há também aqueles que determinam uma igreja como renovada quando seus cânticos são animados; pode-se bater palmas, pular ou dançar. Este ponto cai no mesmo erro do anterior. Se isso é uma rotina, vira tradição.
Outra questão aqui é entender o que é uma igreja tradicional. Nem sempre o que as pessoas estão chamando de tradicional reflete o que realmente a igreja ou seu pastor são. Com a ideia da renovação, se uma igreja for um pouco mais tranquila em sua música, mesmo que do seu púlpito ocorra uma pregação bíblica e poderosa, esta igreja é chamada de tradicional. Em contrapartida, os verdadeiros tradicionais, ao verem uma igreja mais descontraída, mesmo que suas músicas tenham letras bíblicas, e de seu púlpito jorre uma mensagem verdadeira, ela é chamada de renovada. O que está faltando nos dois casos é a Bíblia como centro dos questionadores.
Logo, a questão aqui é mais séria do que parece. Estamos colocando nossos gostos acima da Palavra de Deus. Estamos colocando a nossa glória, acima da glória de Deus. Uma igreja pode ser perfeitamente equilibrada, sem deixar de ser bíblica. Não gosto da ideia de que jovens não cantem hino do Cantor Cristão, Harpa ou Hinário; ou de adultos que não cantam as músicas modernas só porque têm mais instrumentos, ou são mais barulhentas. O que mais precisamos ver é a letra. Já identifiquei no Cantor Cristão letras que deixam a desejar biblicamente, como também identifiquei muitos cânticos contemporâneos que não trazem mensagem alguma e quando trazem é uma heresia. Tudo isto precisa ser filtrado à luz das Escrituras. A única coisa inspirada nessa história toda são as Escrituras. Hino ou cântico algum é inspirado.
O fato é que qualquer que seja a desculpa, queremos mesmo é massagear nosso ego. Queremos atender nossos anseios humanos, sem olharmos para aquilo que Deus de fato determina. Toda igreja precisa se renovar conforme as tradições bíblicas. E toda igreja com tradições bíblicas precisa renovar o mundo através do entendimento bíblico (Rm 12:1,2).

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

SOBERANIA DE DEUS E O SOFRIMENTO HUMANO




Tenho pesquisado sobre o assunto já faz alguns anos. Confesso que quanto mais leio mais descanso na Palavra de Deus. Não porque concorde com essa ou aquela linha, muito pelo contrário, parece na maioria das vezes que há radicalismos de todos os lados.
Não creio que a soberana vontade de Deus seja um determinismo absoluto, embora creia que nenhum fio de cabelo cai sem que o Senhor permita. Também não creio que Deus enviará alguém para o inferno sem que este mereça, mas sei que de alguma forma, que não consigo explicar tudo já está escrito. Não creio realmente que a vontade humana seja capaz de fazer o homem se aproximar de Deus, a não ser que seja pela exposição pura da Palavra e da ação do Espírito Santo.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

ESCOLHENDO UMA IGREJA – Parte 3



Uma igreja que me sinta bem


Esta foi a desculpa que eu mais ouvi: “Estou procurando uma igreja onde me sinta bem”. As outras desculpas fazem parte de uma pesquisa que fiz nos bairros onde morei ou estudei. Sei que a igreja que pastoreio atualmente tem seus problemas. Inclusive luto muito para que isto possa acabar, mas não é tão simples assim. Por causa da incredulidade o povo de Israel teve que esperar uma geração para entrar na Terra Prometida. Moisés foi o líder durante todo esse período e, apesar de ser o homem mais manso da terra e o maior líder que Israel teve, ele não conseguiu levar sua geração à Terra Prometida. Isaías pregou e o povo não deu ouvidos à sua mensagem, assim como Ezequiel e outros profetas.
Sei que quando um time não vai bem a tendência é dizer que a culpa é do técnico. Corinto é um bom exemplo que nem sempre é assim. A igreja teve como pastores Pedro, Apolo e Paulo, e mesmo assim continuava sendo uma igreja carnal. A igreja de Sardes é conclamada a caminhar naquilo que estava ouvindo, ou seja, a exposição da Palavra. É muito difícil determinar de quem é a culpa quando uma igreja não vai bem, mas ainda assim creio que esta é mais uma desculpa de quem realmente não quer compromisso real com o Senhor ou que está enganado no que tange ao serviço a Deus.
Jesus afirmou que no mundo teríamos aflições. É interessante notar que ele não disse “de vez em quando”, “eventualmente”  ou “talvez”; Ele categoricamente afirma: “Tereis”. Paulo traduz essa ideia de uma forma dura:
“Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” (II Tm 4:3,4 – grifo meu)

Em nenhum lugar da Bíblia é prometida uma igreja local onde as pessoas se sentiriam bem. É óbvio que a igreja deve oferecer o melhor ambiente possível, mas isto é o ideal, mas não necessariamente o real.
Quando Noé foi chamado com sua família para arca oito pessoas foram salvas do dilúvio. Mas uma coisa poucos param para pensar. Noé e sua família conviveram até o resgate com mau cheiro, umidade, grunhidos, latidos, entre outros sons e cheiros que os incomodavam. A arca não era um lugar que os fazia se sentir bem, mas com certeza ela era o lugar através do qual Deus os levaria para experimentar a salvação dEle.
Sentir bem na igreja deve ser algo a se buscar, mas sabendo que isto nem sempre vai ocorrer. Onde o ser humano trabalha o pecado sempre existirá.  


sábado, 2 de fevereiro de 2013

ESCOLHENDO UMA IGREJA – Parte 2


Buscando uma oportunidade de servir


A segunda desculpa que quero falar é esta: “Pastor achei sua mensagem maravilhosa e um ambiente acolhedor, mas preciso de uma igreja onde possa ter oportunidade de servir com o meu dom”.
Uma das coisas que aprendi na Bíblia é que compete ao Espírito Santo distribuir os dons (I Co 12:7a), Ele o faz como bem entende (I Co 12:11) e dentro de uma utilidade (I Co 12:7b). Mas parece que há pessoas que gostam de dar uma ajudinha ao Espírito Santo, afinal, Ele não deve saber de todas as necessidades da Igreja.
Essa desculpa em sua maioria está ligada a questões artísticas tais como: música, teatro, coreografia, entre outras. Outra parte está ligada a questões administrativas ou logísticas. Mas é interessante notar que nada disso é citado na Bíblia. Claro que os tempos mudaram. Claro que hoje temos outras necessidades que a igreja primitiva não tinha, mas o ponto principal da igreja ainda é a glória de Deus e junto com isto vem a pregação da Palavra.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

ESCOLHENDO UMA IGREJA – Parte 1



O problema da estrutura


Vivi os últimos três anos observando algo que me chamou atenção. Claro que preciso rever talvez alguns conceitos e olhar para mim mesmo e saber se realmente estou no caminho certo. Às vezes assola uma dúvida terrível no ministério que me faz pensar se estou neste caminho. Mas o que ocorreu nestes dois anos realmente me fez pensar e escrever um pouco sobre a escolha da igreja onde ser membro.
Tudo começou quando fui fazer um balanço de algumas pessoas, em alguns casos famílias inteiras, que me afirmaram que gostaram muito de mim e de minhas mensagens, mas a igreja...